Mercado imobiliário: novas tendências e mudança de perfil dos moradores

Com o novo normal, o mercado imobiliário muda, surgem novas tendências e o ocorre uma mudança no perfil dos moradores.

É o que constatou o DataZAP, instituto de pesquisa do portal ZAP imóveis e Viva Real, na comparação pelo período de 1 ano, entre março de 2020 e março de 2021. 

O que ficou evidente, no atual momento do mercado imobiliário, é o aumento da procura por uma nova moradia. Em 12 meses, a busca por um novo lar saltou de 4% para 40%.  

Segundo especialistas, este resultado se deve a nossa demanda  reprimida por habitação, aliada a política de juros baixos para o financiamento imobiliário.

A pesquisa apontou também o perfil do imóvel procurado, o qual mudou em função da pandemia. 

Agora, um imóvel com mais espaço ganhou a preferência no gosto dos brasileiros, atingindo o índice de 52% dos entrevistados. Também pudera, viver em confinamento acabou tendo reflexos em todo o mercado. 

Da mesma forma, a preferência por casas, ao invés de apartamentos, foi apontada por 45% dos pesquisados. 

É a retomada de um outro conceito de moradia, uma residência com quintal para crianças brincarem com mais liberdade. 

Isso sem falar nos pets, cães e gatos ganharam ainda mais relevância com o confinamento e também precisam de mais espaço.

Já para 65%, o que continua em alta é o endereço, que precisa ter uma boa infraestrutura de comércio na região. 

E a busca por uma moradia próxima ao local de trabalho teve uma queda, de 44% para 38%. O que parece ser mais um reflexo dos dias atuais, em que a rotina de enfrentar o trânsito cansativo vem perdendo espaço para o trabalho remoto.

Outros resultados importantes foram:

Home office

Um imóvel que ofereça um espaço único para o trabalho é mais uma tendência que, mesmo depois da pandemia, deverá se consolidar no mercado imobiliário. 

Afinal, muitas empresas tiveram que se adaptar aos novos tempos. O que abriu a possibilidade para os mais diversos profissionais atuarem de forma remota, no mínimo, durante algum período da semana.

Assim, um espaço para Home Office dentro da residência foi apontado como importante ou muito importante para 58% da amostragem. Enquanto que, para 19%, é interessante ter um espaço para trabalho nas áreas comuns do prédio.

O que também ficou evidente, é como esta preferência foi influenciada pelo impacto em que a renda dos entrevistados foi afetada pela pandemia. 

Se a renda foi impactada negativamente, a preferência por Home Office fica em 29%; já quando o impacto é positivo, o índice sobe para 39%.

Estúdios

Mesmo com esta pesquisa, é bom observar a importância que apartamentos compactos, como estúdios, têm para os investidores do mercado imobiliário.

Pequenos, mas construídos em pontos centrais das grandes cidades, com fácil acesso à transportes e próximo de uma série de facilidades e serviços para o dia a dia, estes imóveis não serão descartados pelos novos moradores. 

Ao contrário, este tipo de residência tem a preferência de estudantes e pessoas que precisam de mais praticidade em seu dia a dia.

Mais espaço

Em resumo, o que fica evidente é a procura por mais espaço. Uma tendência que, além de refletir o período de confinamento, deverá permanecer mesmo com o fim da pandemia. 

Afinal, a forma de atuação profissional não será mais a mesma. 

Vem daí a busca por um ambiente mais harmônico, que possa conciliar a rotina profissional com a convivência familiar. 

Assim, a busca pela nova residência é o mais puro reflexo do novo normal, e de todo o período que virá depois dele.

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Publicado em 12 de julho de 2021 Negócio Imobiliário

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