A pandemia do coronavírus afetou a economia mundial, incluindo o setor imobiliário, que passará por mudanças nos próximos anos
A pandemia do coronavírus desestabilizou todo o mundo, gerando um grande impacto na economia. No Brasil, a queda dos juros, porém, deu uma impulsionada no setor imobiliário, mesmo durante a crise. Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), houve um aumento de 58% nas vendas de novos imóveis em julho desse ano, em comparação a julho do ano passado.
A busca por imóveis mais confortáveis e espaçosos também aumentou. Uma pesquisa publicada pela consultoria Brain mostrou que 14% das pessoas estão procurando terrenos fora das grandes cidades; já 27% priorizam imóveis com mais áreas verdes na hora da compra.
Para o mercado de aluguel houve uma tendência de renegociação de valores, segundo dados da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic).
Mas e quando a pandemia passar? Como ficará o setor imobiliário pós-pandemia?
Tendências para o setor imobiliário pós-pandemia
Para a Abrainc, há espaço para o crescimento do setor imobiliário nacional após a pandemia do novo coronavírus. Existem diversas iniciativas que ajudam a embasar esse pensamento, como o alto número de alvarás de construção em São Paulo e a constante redução da taxa básica de juros, a Selic, que motiva as pessoas a consumirem – e financiarem – mais. Portanto, a tendência é que o fluxo de construções volte a crescer.
Mudanças que vieram para ficar
Home office
Com o aumento do home office – e a expectativa de que ele tenha vindo para ficar –, a tendência é que isso impacte diretamente na forma com que clientes veem potenciais imóveis para adquirir ou alugar, notando especificidades que passariam despercebidas em outro contexto, como imóveis com maior número de cômodos, presença de varanda e condomínios com infraestrutura para lazer e compras.
Digitalização
Cada vez mais o consumidor opta por consumir serviços online. E para imobiliárias, isso causa uma mudança enorme: é preciso se digitalizar.
A procura por imóveis online tende a aumentar. Portanto, o site da imobiliária precisa ser responsivo. Dessa forma, precisa rodar em dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Além disso, deve conter anúncios chamativos, com boas fotos, iluminadas e que valorizem cada espaço. Inclusive, fotos em 360 graus, feitas com câmeras específicas, ou vídeos, possibilitam visita online, que podem render negócios rapidamente, gerando economia para a imobiliária.
Mudança de localização preferencial
Está havendo maior valorização no distanciamento de grandes centros comerciais. A procura por imóveis em cidades vizinhas aos grandes polos, em locais mais arborizados e que proporcionem maior qualidade de vida irá aumentar nos próximos anos.
Isso pode apontar também para a desvalorização de imóveis nesses polos, que tendem a ficar vagos – e para a queda de preços de compra e aluguel.
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Publicado em 16 de dezembro de 2020 Diversos,Negócio Imobiliário